A VIDA E OS PRIMEIROS SINAIS DE MANIPULAÇÃO
Flávio e Mária levam Sara para casa onde os familiares estão esperando. As irmãs de Maria moram perto umas das outras. Uma mora ao lado, Valéria casada com Antonio, outra mora atrás, Hilda casada com Venício e outra na Frente, Amélia casada com Bruno e esses dois ultimos acabam sendo padrinhos de Sara. Tudo segue normalmente, Flávio sempre amoroso com Sara e Maria parecia ser amorosa também mas ao mesmo tempo radical em suas atitudes, muito dependende de Flávio Maria lhe fazia todas as vontades, inclusive criar a menina que ela tinha uma certa desconfiança de ser filha legítima dele. Infelizmente pouco antes de Sara completar 9 anos Flavio vem a falecer, deixando as duas a própria sorte. Maria muito inconformada com a sua morte cobra da menina o mesmo sentimento de perda, ressaltando diariamente que a partir de então as duas viveriam em total tristeza, fazendo Sara ir ao cemitério com ela todas as tardes durante um ano e depois quinzenalmente até completar 4 anos da morte de Flávio. Sara como qualquer criança queria brincar com suas amigas mas sua mãe lhe podava, dizendo que ela nao poderia sorrir devido a morte do pai. Não poderia cantar, deveria apenas chorar ou ficar calada porque qualquer outro comportamento poderia resultar na morte de sua mãe também. Sara ficava assustada com a possibilidade da mãe morrer e deixa-la sozinha. Os padrinhos e tios a tratavam com muito amor, com exceção de uma tia que tinha um certo preconceito em relação a adoção.
Maria conhecia o comportamento da mãe biológica de Sara, dizia que ela era muito vulgar, uma prostituta e achava que Sara pudesse seguir no mesmo caminho, então privava a menina de amigos do sexo masculino, qualquer aproximação de Sara mesmo criança com sexo oposto era visto por Maria como promiscuidade, sendo que a menina nem pensava no assunto,gostava apenas de brincar com as amigas.
Maria mantinha Sara sobre total domínio psicológico, era manipuladora, dominadora e tinha que ser obedecida em todos os aspectos. Sara não podia levar amigas para dormir na sua casa, não podia dormir na casa de outras amigas e também nao podia ter seu próprio quarto. Era obrigada a dormir na mesma cama de sua mãe, nao podendo tossir ou se mexer, pois sua mãe dizia que poderia perder o sono e adoecer.
E assim foi, todos os dias Maria dizendo que estava doente, sempre tinha um motivo, ora era dor de cabeça, ora dor nas costas, enfim, sempre aparecia com uma dor diferente, dizendo que poderia morrer a qualquer momento até que Sara conheceu seu primeiro namorado, mas era muito ingênua porque nao podia perguntar nada para sua mãe que a chamava de promíscua, que assuntos sexuais nao poderiam ser discutidos e que se alguma coisa acontecesse entre ela e o namorado nenhum outro homem haveria de se casar com ela. Sara, sedenta de afeto pois nao os tinha de sua mãe se entregou ao namorado e depois de um determinado tempo acabou engravidando e achando nisso a solução para ter sua vida própria.
Teve sua primeira filha, Amanda, quando completou dezoito anos.No início morou com sua mãe e depois de um ano resolveram ter sua própria casa mas Maria muito manipuladora, inteligente e doente acabou convencendo Marco, marido de Sara, a voltar a morar com ela. Sara nao queria porque sabia o quanto sua mãe poderia interferir negativamente na sua vida conjugal mas amava sua mãe e foi convencida por Marco, pois ele dizia que conhecia bem a sogra e que por esse moti vo construiriam uma casa nos fundos e assim ficariam cuidando de Maria sem que ela interferisse na vida deles.
Tão grande foi esse erro que os dois acabaram se separando tres anos depois. Quando Sara comentou com sua mãe que iria se separar, esta lhe deu total apoio e com certeza viu nisso a possibilidade de ter a filha sob seus cuidados novamente. Sara sempre foi sua refém psicológica. Sua mãe usava de artimanhas para convence-la de que Marco nao era bom marido, assim também como convencia o resto da família. Uma das tias de Sara, a Hilda adorava dar palpites na vida das irmãs e acreditava fielmente nas boas intenções de Maria, pois ela era muito querida por todos, caridosa, bondosa e essa era a impressão que causava em todas as pessoas, exatamente como enfatizei no texto "MAE DOMINADORA E MANIPULADORA".
Depois que Sara se separou nao podia mais sair de casa, a nao ser para o trabalho e desde que seu pagamento fosse todo para as mãos de sua mãe e assim foi durante algum tempo porque realmente Sara não conseguia se livrar da pressão, da manipulação, dos jogos de palavras, das agressões verbais, da diminuição de seu valor fazendo-a se sentir feia, discriminada pela sociedade por ser separada e assim melhor alvo para ela. Dessa forma havia ainda mais motivos para manter Sara sob suas ordens e capricho.
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